A preocupação aumenta com a aproximação do fim de ano, quando há uma busca naturalmente maior para muitos componentes do mobiliário doméstico, dentre eles, certamente, os colchões.
Os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus (covid-19) são observados em diferentes setores, o que mudou, em muito, o comportamento do mercado. Um dos setores mais atingidos é o da fabricação de colchões. Com o isolamento social, imposição adotada em, praticamente, todo o mundo, as pessoas têm ficado mais em casa e consequentemente, utilizado as camas com maior frequência. Isso, na avalição de pesquisadores, provoca um desgaste natural dos colchões e a consequente necessidade de substituí-los. E, é aí que começa o problema. Com a reabertura gradual das fábricas, depois da fase mais aguda da pandemia, a procura por colchões novos aumentou de forma surpreendente e alguns tipos e modelos se esgotaram rapidamente. Outros estão no mesmo caminho, independentemente do valor, da qualidade e do padrão. Ou seja: as lojas ficam, cada vez, mais vazias, o que preocupa o empresariado do setor. E, a maior dificuldade que eles passaram a enfrentar é, justamente, a falta de matéria prima para alimentar as linhas de fabricação. Caiu, muito, a oferta (por conta da procura) de insumos básicos, como tecidos de revestimentos, aço para a composição da estrutura (molejos, etc.) e, principalmente, o TDI – Tolueno Diisocianato, matéria-prima essencial para a fabricação de Poliuretanos (insumo da composição de espumas flexíveis para a fabricação de colchões, interior automotivo, peças para a construção civil, dentre outros), tendo em vista a dificuldade de se encontrem tais produtos no mercado. Grande parte desse material é importada, principalmente da China que, segundo os operadores do mercado, reajustou os preços em, calculadamente, 80 a 100 por cento, muito fora da realidade. Problema global